quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Abrir as portas de Braga para o mundo




Apesar de ser a terceira maior cidade do país e ter tantas peculiaridades, Braga afirma-se discretamente diante dos olhos do mundo. Em 2012 foi a Capital Europeia da Juventude e apesar de todos os esforços, não deixou um “eco” capaz de atrair investidores, investigadores, nem mesmo turistas de permanência prolongada.
Mas, se por um lado a inércia e falta de criatividade mantém cruzados os braços de quem possui as ferramentas para promover a cidade, uma força cresce dia após dia para contrariar este cenário, cuja origem provém de cidadãos comuns, de todas as idades e com os mais diversos talentos, unidos pela preservação do património cultural e o resgate de uma história que não pode ser esquecida; valores que incidem diretamente sobre qualquer cidade europeia. Os encontros tornam-se cada vez mais frequentes e o número de participantes é cada vez maior. Os debates não se restringem às redes sociais, dão-se nas ruas, praças, diante de monumentos centenários que eram desconhecidos para a maioria dos cidadãos, e por isso também, alguns deles em total estado de degradação; todos demonstram uma imensa vontade de aprender e partilhar. O voluntariado de jovens estudantes, professores, profissionais das mais diversas áreas e também homens e mulheres com muitos anos de experiência e uma revigorante força de vontade tem formado um movimento salutar do mais puro exercício de cidadania.
 Diante deste facto cujo mérito é devido, não podemos negligenciar as pequenas críticas que, porventura, possam contribuir para que o esforço de todos os cidadãos envolvidos não seja em vão. Uma delas, chama-nos à atenção ao facto de que todos devemos ter consciência de que a política faz parte da sociedade, mas não deve dividir os cidadãos quando o objetivo é comum. Portanto, apesar das boas intenções de todos os envolvidos, é possível constatar que o movimento em prol da cultura e da divulgação da cidade só não é maior por causa de diferenças dos mais diversos foros ideológicos e influências políticas; obviamente, existem exceções. Outro facto pertinente, não muito diferente do primeiro, pois também pode potenciar distinções, trata-se do discurso nesses encontros que, muitas vezes, é compreensivelmente alimentado pelo orgulho de quem valoriza as suas origens, incorrendo ao erro de pronunciar-se de forma circunscrita, porque afinal, Braga não deve ser revelada e valorizada apenas para quem nela nasceu, mas para todos que nela habitam e para todos que estão de passagem e possam contribuir para que venha a ser uma cidade melhor e conhecida em todo o mundo. Nestes termos, é preciso perceber que o “bairrismo” talvez não seja o termo mais adequado para a divulgação de um património que merece ser elevado a um nível de divulgação de uma cidade bimilenar, carente de expor as suas características únicas e preciosas para o mundo e reter os benefícios que daí venham. 
No passado dia 16, a Braga+ em conjunto com a associação JovemCoop, promoveram o Percurso Barroco para dar a conhecer a mais de uma centena de pessoas, várias obras de André Soares, um grande artista/arquiteto bracarense que viveu no séc. XVIII. E, como muito bem lembrou o Mestre Rui Ferreira, que nobremente guiou e explicou as obras, o artista permaneceu no anonimato até que o investigador norte-americano Robert Smith divulgasse o artista; prova inequívoca de que eventualmente os contributos vêm de fora. 

Que Braga possa ser uma cidade para todos e onde todos se sintam bracarenses, mesmo que nela permaneçam apenas por um dia. Parabéns às pessoas que reconhecem o valor desta cidade e se esforçam para projetar ao mundo a sua importância!

Renato Córdoba 
cordoba.rb@gmail.com

Foto: Arco da Porta Nova, Braga

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

AINDA… O MOMENTO POLÍTICO ACTUAL



Em texto publicado no Diário do Minho (rubrica cidadania ultima página10 Outubro 2012), abordei a tema a que me refiro em título mas, decorrido todo este tempo, e após séria reflexão, outros factos entretanto ocorridos merecem ser devidamente comentados… Como sempre deixo ao critério do leitor fazer a sua democrática apreciação mas, colocando de parte, qualquer fundamentalismo partidário, a evitar um discernimento justo e imparcial;… assim vamos aos factos:
1… Os Pais da Pátria: É obvio que existem personalidades neste pobre país que, pela sua atuação em períodos cruciais, se consideram (a si próprios) pais da pátria (!)… Porque gosto de designar as coisas pelo próprio nome, ou seja, como se diz em gíria popular;…(pegar o touro pelos respectivos cornos) não me repugna indicar dois nomes especiais que estão por direito nestas condições;… Dr. Mário Soares, e o presidente da Associação 25 de Abril Vasco Lourenço…Lamentável porém é que, o seu fundamentalismo partidário, tenha o cunho de parcialidade confrangedora, pois, lançar gasolina para a fogueira é fácil, mas muitíssimo grave, por ser “susceptível de causar a curto prazo prejuízos irreparáveis”… Não está em causa os serviços que prestaram ao país, pois esses, a história lhe dará o respectivo relevo;…o seu tempo passou mas a orquestra para destituir o governo está perfeitamente afinada pelo que, dispensa perfeitamente tais elementos (!)… Lamentável porém, é que raramente os vi, a ter atuação similar no período do governo Sócrates;…será que estão a branquear os acontecimentos que originaram o momento político actual?... Como exemplo a seguir, ao Dr. Mário Soares indico António Barreto um ex-ministro Socialista a quem a paixão partidária não cega;…ao militar Vasco Lourenço aponto o comportamento digno do ex-presidente ramalho Eanes.
2…Actuação Da CGTP/INTER: Não está em causa a obrigação que esta central tem em defender o direito dos trabalhadores;… estranho porém que pouco fale em deveres;… será que não existe equivalência entre direitos e deveres?
De uma coisa porém estou certo;… não é correto que o líder da CGTP insista em agitar as massas à violência!... é que na minha óptica o secretário-geral a que me refiro, numa democracia autêntica, estava já incriminado pela Procuradoria Geral da República, por incitação à rebelião activa!... pois já o ouvi afirmar publicamente em discurso inflamado de demagogia e injurias, que o governo tinha de ir embora, Se não fosse a bem, que iria a mal!... Tais afirmações, não serão terrorismo puro?...
É evidente que existe uma concertação perfeitamente orquestrada para promover a destituição do actual e “legitimo governo”,… Seguro que devia apresentar alternativas, vende doses substanciais de demagogia e , estando já em plena campanha eleitoral, pede maioria absoluta! Entretanto a alta comunicações social televisiva ou jornalística, dá uma volta de 180 graus, e alinha perfeitamente nessa direção, (eis um exemplo):
“O jornalismo português está assim;… solene e engravatado, está rendido ás vantagens do poder e à propaganda da maioria socialista!... Constância Cunha e Sá (Correio da Manhã20/3/2008)”.
No meio de tanta confusão e leviandade próprias de democracias terceiro-mundista, apenas se salva a imprensa regional, que em minha opinião é mais isenta e plural.

CONCLUINDO: Porque não quero que pague o “justo pelo pecador”, desafio as oposições deste país a apresentar sugestões válidas em manifestos individuais de cada partido pois, com discursos demagógicos não vamos a lado nenhum e apenas nos afundamos todos juntos “ESQUERDA e DIREITA”
Dizer que se “Lixe a troika” é fácil, é barato, mas não paga salário aos funcionários públicos, ou aos reformados mesmo com pensões de miséria. É tempo de todos sem exceção deixar as querelas demagógicas, e pensar seriamente PORTUGAL.
cronicas.up@gmail.com